Clima e Plantio da Soja: Avanço Lento em MS


O plantio da soja 2025/2026 começou mais devagar em Mato Grosso do Sul e cobre apenas 3,9% da área estimada até o dia 3 de outubro. A estiagem que marcou setembro e o solo ainda seco impediram que o ritmo fosse o mesmo do ano passado, segundo levantamento do Siga (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio), mantido pela Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja e Milho).O plantio da safra de soja 2025/2026 em Mato Grosso do Sul apresenta ritmo mais lento, atingindo apenas 3,9% da área estimada até 3 de outubro. A estiagem em setembro e o solo seco são os principais fatores para o atraso, com índices 1,8 ponto percentual abaixo do registrado no mesmo período de 2024.Apesar do início vagaroso, a projeção indica expansão na área plantada para 4,79 milhões de hectares, um aumento de 5,9%. Com condições climáticas favoráveis, a produção pode alcançar 15,2 milhões de toneladas, com produtividade média de 52,8 sacas por hectare.A região Sul é a mais adiantada, com 5,8% das áreas já semeadas, seguida pelo Centro, com 1,2%, e pelo Norte, com apenas 0,1%. No mesmo período de 2024, o plantio estadual estava 1,8 pontos percentuais mais avançado.O atraso reflete um mês de setembro com chuvas abaixo da média histórica em 62 das 64 estações meteorológicas monitoradas, algumas com até 30 dias seguidos de precipitação inferior a 1 milímetro.Técnicos alertam que o clima segue sob influência do fenômeno La Niña, de intensidade fraca a moderada, o que deve manter a irregularidade das chuvas no Centro-Oeste. Para reduzir riscos, o escalonamento do plantio continua sendo a principal estratégia adotada pelos produtores, já que a maior parte da semeadura ocorre entre 17 de outubro e 14 de novembro, quando o regime de chuvas tende a se estabilizar.Apesar do início mais lento, o Estado deve registrar nova expansão na área plantada. A projeção é de 4,79 milhões de hectares, alta de 5,9% sobre o ciclo anterior.Se o clima colaborar, a safra pode alcançar 15,2 milhões de toneladas, com produtividade média prevista de 52,8 sacas por hectare, segundo a entidade.