O setor industrial de Mato Grosso do Sul criou 12.200 empregos formais entre janeiro e agosto de 2025, segundo levantamento do Observatório da Indústria da Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul). O crescimento ocorreu principalmente nos segmentos da Transformação, Construção, Serviços Industriais de Utilidade Pública e Extrativo Mineral. “O setor encerrou agosto com mais de 170 mil trabalhadores formais diretamente empregados”, afirmou o economista-chefe da Fiems, Ezequiel Resende. As atividades que mais geraram postos de trabalho foram construção de edifícios (+4.636), abate de bovinos (+1.721), abate de suínos (+812) e fabricação de álcool (+808). Outros setores também registraram saldo positivo, como obras de terraplanagem (+643), construção de rodovias (+581), fabricação de celulose (+530), montagem de estruturas metálicas (+266) e fabricação de pré-moldados de concreto (+234). “Esses números mostram a diversidade e a força do setor industrial no Estado”, acrescentou Resende. Entre os municípios com maior saldo positivo, destacam-se Inocência (+2.336), Campo Grande (+2.249), Nova Alvorada do Sul (+1.044), São Gabriel do Oeste (+883) e Ribas do Rio Pardo (+841). O crescimento em Inocência se deve principalmente às obras de construção de uma nova indústria de celulose. “Inocência se destaca por receber novos investimentos que ampliam a geração de empregos locais”, explicou Resende. Enquanto Mato Grosso do Sul registra alta na geração de empregos, o faturamento da indústria de transformação no Brasil caiu 5,3% em agosto na comparação com julho, segundo a CNI (Confederação Nacional da Indústria). “O índice acumula alta de 2,9% em 2025, contra 5,1% no mesmo período de 2024”, disse Larissa Nocko, especialista em Políticas e Indústria da CNI. Segundo Nocko, a retração nacional ocorre devido a juros elevados, à entrada de produtos importados e à valorização do real. “Esses fatores afetam o crédito, o crescimento econômico e prejudicam as exportações brasileiras”, afirmou a especialista. Apesar disso, o emprego industrial no país manteve estabilidade pelo quarto mês consecutivo, acumulando alta de 2,2% entre janeiro e agosto. A massa salarial no Brasil recuou 0,5% entre julho e agosto e acumula queda de 2% em relação a 2024. O rendimento médio dos trabalhadores industriais também registrou retração de 0,6% no mês e de 4,1% no acumulado do ano. “O cenário mostra estabilidade no emprego, mas queda nos rendimentos médios da indústria nacional”, concluiu.
Setor industrial de MS gera 12,2 mil empregos formais em 8 meses








