Condenado a 17 anos homem que matou mulher trans por briga no “Tigrinho”

Condenado a 17 anos homem que matou mulher trans por briga no “Tigrinho”

Condenado a 17 anos e 6 meses de prisão, Douglas Mikael Teles de Souza Gabilani, de 31 anos, foi considerado culpado pelo assassinato de Maria Eduarda, mulher trans de 34 anos, morta a facadas após discussão por causa do jogo do “Tigrinho”. O crime aconteceu em agosto do ano passado, no Jardim das Meninas, em Campo Grande. A sentença foi proferida no final da manhã desta quarta-feira (8), ao fim do julgamento no Tribunal do Júri da Capital, presidido pelo juiz Aluizio Pereira dos Santos. O réu não poderá recorrer em liberdade e também deverá pagar indenização mínima de R$ 10 mil aos familiares da vítima. Durante o interrogatório, Mikael negou o crime e disse que, no dia dos fatos, havia sofrido um acidente e estava com dor. Segundo ele, a discussão com a esposa teria ocorrido porque ele queria ir até a casa de Maria Eduarda para usar drogas, o que a companheira recusou. O réu afirmou que deixou o local e só soube da morte da vítima horas depois. O crime — A versão apresentada por Mikael foi contestada pelo Ministério Público e pelas provas reunidas pela Polícia Civil. Conforme a investigação, o crime ocorreu após uma discussão motivada pelo jogo do “Tigrinho”. O réu teria jogado na conta de Maria Eduarda, que possuía um cartão de crédito cadastrado na plataforma, e ganhou R$ 800. A vítima repassou R$ 600 e ficou devendo R$ 200. Inconformado, Mikael acreditou que ela não pagaria o restante e a matou a golpes de faca. Testemunhas contaram ter visto o acusado com a arma nas mãos ao entrar e sair da casa. A faca foi encontrada no dia seguinte por crianças que brincavam na rua. Momentos antes de morrer, Maria Eduarda enviou um áudio à irmã dizendo que estava com medo de ser morta por causa da dívida. Com a condenação, Douglas Mikael seguirá preso e cumprirá a pena em regime fechado.